O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, disse ontem que o processo de incorporação da Sadia pela Perdigão, anunciado em maio, está respeitando as diretrizes estabelecidas pelo Cade até que a negociação seja julgada definitivamente, o que não tem prazo para acontecer, segundo ele. Na terça-feira, a Brasil Foods (BRF), atual denominação da Perdigão, anunciou aporte de R$ 950 milhões na Sadia como parte de um “adiantamento para futuro aumento de capital”.
“As empresas estão tomando medidas que já foram autorizadas pelo Cade, sobretudo financeiras, que foram apontadas por elas como necessárias para a sua reorganização financeira”, afirmou Badin, que participou da Jornada de estudos de regulação, judicialização e independência, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Rio.
Badin disse que o processo de incorporação da Sadia pela Perdigão está em fase de estudos pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) e Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) e que somente após essa etapa o Cade vai tomar sua decisão. Segundo ele, os julgamentos do Cade têm sido concluídos no prazo médio de 48 dias após o recebimento do parecer da SDE e da Seae.