A Petrobras concluiu ontem a captação de US$ 1,25 bilhão no mercado externo com a reabertura do bônus com vencimento em dez anos, mesmo papel que havia sido colocado em fevereiro, sob coordenação dos bancos Citigroup, HSBC, JP Morgan e Santander.
Os títulos têm juro nominal (cupom) de 7,875% anuais. Como os papéis saíram a um preço correspondente a 106,962% do valor de face, o retorno final ao investidor (yield) será menor, de 6,875%, equivalente a 27,5 pontos bases de prêmio sobre o preço do papel no início do dia. O spread sobre os papéis de 10 anos do governo americano foi de 332,5 pontos.
A Petrobras vai usar os recursos para pagar parte do empréstimo-ponte de US$ 6,5 bilhões obtido em janeiro junto a um pool de bancos e que tem prazo de vencimento de dois anos. Dessa forma, troca dívida de curto prazo por dívida mais longa, já que os bônus vencem dia 15 de março de 2019.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, considerou a captação um sucesso, com a demanda de US$ 6,2 bilhões. Segundo ele, a empresa ainda tem um ano e meio para captar mais US$ 3,75 bilhões que vão fechar o alongamento do empréstimo de US$ 6,5 bilhões do início do ano.
Barbassa avalia que a redução dos custos entre a primeira e a segunda colocação de um ponto percentual é resultado de uma soma de fatores. “Há claramente uma percepção mais vantajosa em relação à Petrobras e uma melhora do mercado de capitais internacional”, diz Barbassa.
Sandy Severino, diretor-gerente do Citigroup, responsável pelo mercado de capital no Brasil, afirma que o mercado melhorou muito desde fevereiro e que o investidor está à procura de papéis de boas empresas e com liquidez.