Uma operação da Polícia Federal do Rio Grande do Sul desmontou ontem um esquema de pirâmide financeira que pode ter movimentado R$ 2 bilhões. Quatro pessoas foram presas nas cidades de Santa Cruz do Sul, Porto Alegre e Caxias, entre elas a responsável pelas operações, uma mulher de 62 anos com experiência no mercado financeiro. A empresa prometia ganhos entre 3% e 8% ao mês, quase dez vezes o retorno atual das aplicações de renda fixa.
A operação foi batizada de “M”, que é a primeira letra do nome da chefe da quadrilha e também é a inicial do sobrenome de Bernard Madoff. Ele montou um esquema de pirâmide nos EUA que pode ter provocado prejuízo de US$ 60 bilhões. Assim como na fraude organizada por Madoff, os gaúchos tinham seus ganhos pagos pelos valores depositados pelos novos clientes. O esquema teria sido criado há 5 anos. “Há uma grande quantidade de pessoas lesadas na sociedade gaúcha, desde pequenos investidores, que se desfizeram de bens e economias para realizar a aplicação, até grandes empresas”, informou a PF em comunicado.