O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor na quinta-feira, dia 1º, mas ainda é motivo de dúvidas até mesmo entre os especialistas, mostra reportagem do Globo. O acordo institui diversas mudanças na ortografia do português, entre elas a extinção do trema, a incorporação das letras \”k\”, \”w\” e \”y\” ao alfabeto e novas regras de acentuação e uso do hífen (Confira no infográfico o que muda).
O acordo é criticado por deixar margem à interpretação na decisão sobre que palavras devem ganhar ou perder hífen. O texto diz que devem perder o hífen, por exemplo, os termos compostos \”em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição\”. Como não há jeito objetivo de se dizer em que palavras a \”noção de composição\” se perdeu ou não, o texto ficou impreciso. (Tire suas dúvidas sobre a reforma com o professor Ernani Pimentel).
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O objetivo do acordo é simplificar as regras de escrita e acabar com as diferenças entre a ortografia do Brasil e a dos demais países que têm o português como língua oficial. O prazo oficial dado pelo governo para que os brasileiros se adaptem às mudanças é 31 de dezembro de 2012. Em Portugal, o prazo oficial se estende até 2014.
Alguns dicionários já estão atualizados
Algumas editoras já mandaram para as livrarias dicionários atualizados, entre eles o \”Houaiss\” (Objetiva), o \”Aurélio\” (Positivo) e o \”Dicionário Escolar da Língua Portuguesa\” (Companhia Editora Nacional), este feito pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Todos eles, porém, em versão míni, com cerca de 30 mil verbetes, os mais usados em sala de aula. O único dicionário completo que diz estar totalmente atualizado, no momento, é o Caldas Aulete, oferecido de graça em versão digital na internet, no site Aulete Digital .
Na próxima segunda-feira, dia 5, a nova ortografia passa a ser utilizada nos sites e nos jornais produzidos pela Infoglobo.