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18 de abril de 2024A ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, afirmou que o governo buscará explicações técnicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal sobre a alta dos juros na ponta dos empréstimos para pessoas físicas e jurídicas, depois do início da crise financeira internacional.
A determinação, segundo a ministra, partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer uma revisão dos juros cobrados caso não haja justificativas técnicas para a elevação.
Dilma afirmou que os juros para pessoas física chegam a atingir 106% ao ano. Enquanto para pessoas jurídicas atinge 45% ao ano. Na visão de Dilma, uma revisão das taxas cobradas por Banco do Brasil e Caixa poderiam levar a uma redução por parte de outras instituições financeiras.
\”Aí é uma questão de mercado, de competição\”, disse Dilma, que participou hoje de solenidade de comemoração de 90 anos da criação do serviços de medicamento oficiais do Brasil.
De acordo com a ministra a situação da economia brasileira hoje é diferente da que existia em crises passadas, uma vez que o governo não quebrou. Neste sentido, segundo ela, a alta dos juros verificada depois do inicio da turbulência financeira internacional, não encontra justificativa na situação das contas públicas, nem no custo de captação dos bancos.
Dilma lembrou que as medidas tomadas pelo governo para garantir liquidez às instituições financeiras incluíram a redução do compulsório, o que na prática, significa que os bancos continuam com acesso a recursos a custos baixos.
\”Como não há custo maior de captação, não tem sentido uma apropriação além do que se praticava antes no nível de juros. Uma parte do crédito vem do compulsório, que tem custo baixíssimo\”, ressaltou Dilma. \”Querer obter maior lucratividade em cima da retração da economia brasileira não é correto. É uma questão de responsabilidade\”, acrescentou.
Dilma afirmou ainda que a situação estável do governo brasileiro acontece em meio ao que, segundo ela, é uma crise mais grave que a de 1929. Para Dilma, hoje há uma capacidade de extensão internacional da crise que não havia há 80 anos atrás.
A ministra afirmou ainda que, embora o governo não trabalhe com metas para o câmbio, a expectativa é que o dólar estabilize entre R$ 2 e R$ 2,50.