A expectativa do governo federal de que a isenção no pagamento do PIS/Cofins e da taxa adicional de frete para renovação da Marinha Mercante fossem derrubar o preço do pão francês em mais de 10% não deve se realizar. A informação é da diretora comercial de uma empresa processadora de farinha de trigo, em entrevista ao Primeira Notícia de hoje (29). “As empresas já tinham débitos a pagar; as indústrias têm estoque regulador para 60 dias e esse trigo não está isento de impostos. O incentivo atinge apenas a matéria-prima; existem outros fatores que influenciam no preço final. Então, a isenção não vai refletir os 9,25%”, disse Dilene Zorzo Ferrugem. Representante da cadeia produtiva, a diretora afirmou que as medidas paliativas do governo, por acabarem no fim do ano, não trazem grandes benefícios ao setor. “Essas medidas visam apenas segurar a inflação. O governo deve fazer não só a Medida Provisória; é preciso uma reforma tributária urgente para podermos ser mais competitivos, inclusive com outros Países”, avaliou. Os preços do pão francês e do trigo tiveram alta significativa após a decisão da Argentina em não exportar mais o grão para evitar o desabastecimento interno. A entressafra, por que passa o Brasil, também contribuiu de forma definitiva para o aumento nos preços. O Primeira Notícia é o radiojornal da FM 104,7 que vai ao ar de segunda a sexta-feira das 7 às 8h.