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18 de abril de 2024Antes mesmo de serem apresentados os vídeos do PSDB chamando o povo a se manifestar contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 16 de agosto, os tucanos já começaram a usar as redes sociais para incentivar seus seguidores a ir às ruas em um ato que terá como um dos motes o impeachment da petista. A mobilização, que já era ensaiada por alguns, se intensificou depois do aval dado na segunda-feira pelo presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves. Em Minas Gerais, os deputados estaduais do PSDB e aliados pretendem gravar uma chamada própria para pedir a participação no estado.
O líder da minoria na Assembleia, deputado Gustavo Valadares (PSDB), usou seu Twitter ontem para dizer que o dia 16 será o de mostrar que o Brasil de hoje não é o prometido em 2014. Para ele, que participou dos protestos de março e abril independentemente do partido, o PSDB já deveria ter adotado essa postura antes. “Agora, seguindo orientação do Aécio, vamos gravar um vídeo também e soltar nas redes sociais. Vamos tentar juntar os deputados na terça-feira, quando a Assembleia retoma os trabalhos, para produzir o material”, afirmou.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), postou um banner com o slogan “impeachment já” e sua logomarca, que foi replicado por outros tucanos, como o colega de bancada Rossoni (PR). Já o ex-presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, postou inclusive a relação de cidades onde estão previstos protestos.
O partido apresentou ontem as seis inserções que serão veiculadas a partir desta semana. Em spots de 30 segundos, Aécio e as principais lideranças do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra, aparecem com falas incisivas contra o governo Dilma, gravadas na convenção nacional tucana. Aécio já antecipou que os próximos vídeos serão para chamar a população a participar da manifestação, convocada pelos movimentos Vem pra Rua e o Brasil Livre.
A participação do PSDB nas manifestações previstas para ocorrer em todo o país, porém, não é consenso dentro da legenda. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que também sofreu com protestos direcionados a ele em seu estado – o maior deles, de professores, ganhou as manchetes dos jornais por causa da violência policial contra os manifestantes –, acha “desnecessária” a adesão. Richa disse respeitar a posição de Aécio, mas considerou que a vinculação do protesto com o PSDB pode ser explorada de forma indevida.
Outros governadores tucanos, porém, defenderam a medida anunciada por Aécio. O de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a decisão cabe apenas à direção tucana. “A questão se vai convocar ou não vai convocar é uma questão da direção partidária”, afirmou.
Ação que pede a cassação do governador Fernando Pimentel (PT) por abuso de poder econômico voltou a tramitar ontem. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) atendeu parcialmente aos pedidos feitos pelo governador e concordou com a produção de prova pericial para instruir a ação, que havia sido suspensa em março em decisão liminar do juiz Wladimir Rodrigues. Em dezembro de 2014, o TRE desaprovou a prestação de contas de campanha de Pimentel, por causa de irregularidades na emissão de recibos eleitorais e extrapolação de limite de gastos. O PT informou que aguarda a realização da perícia, “confiante que não há o que desabone a gestão financeira das contas de campanha das eleições de 2014”.