O presidente Michel Temer vai recorrer da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou pedido de suspeição do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Por meio de seu advogado, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Temer pretende levar o caso ao Plenário do STF.
\”A defesa não concorda com a decisão do ministro Edson Fachin, pois reitera a sua manifestação exposta na exceção de suspeição onde ficou demonstrada a impossibilidade de o procurador-geral da República continuar a ser o responsável por acusações contra o presidente em face de sua parcialidade notória que lhe tira condições para agir de forma isenta e dentro dos preceitos legais\”, declarou Mariz.
\”As alegações exteriorizadas pela defesa não permitem a conclusão da existência de relação de inimizade capital entre o presidente da República e o procurador-geral da República, tampouco que o chefe do Ministério Público da União tenha aconselhado qualquer das partes\”, decidiu Fachin
O ministro também destacou que não é possível extrair \”contornos de parcialidade\” da fala de Janot, que afirmou que \”enquanto houver bambu, lá vai flecha\”, durante o 12º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ocorrido em julho.
O presidente, no entanto, não pretende desistir da ofensiva pela suspeição de Janot. \”A defesa irá recorrer ao Pleno do Supremo Tribunal Federal para que o colegiado decida a referida suspeição\”, adiantou Mariz de Oliveira.