A taxa média de desemprego recuou de 11,9% em 2010 para 10,5% em 2011
nas sete regiões metropolitanas onde é feita a Pesquisa de Emprego e
Desemprego (PED) pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Estadual de Análise de
Dados (Fundação Seade).
Foram criadas 407 mil vagas em todo o ano passado, número suficiente
para absorver as 105 mil pessoas que entraram para o mercado de trabalho
e reduzir a quantidade de trabalhadores que já aguardavam uma ocupação.
De 2010 para 2011 houve queda no número de desempregados estimados,
que passou de 2,620 milhões para 2,318 milhões.
O desemprego diminuiu em todas as regiões com destaque para Recife onde
a taxa reduziu de 16,2% para 13,5%; Belo Horizonte (de 8,4% para 7%) e
Porto Alegre (de 8,7% para 7,3%). Na média, as maiores chances de
contratação foram criadas no setor de serviços, que abriu 272 mil postos
de trabalho, seguida pelo comércio (73 mil), construção civil (65 mil),
indústria (33 mil) e outros setores (queda de 36 mil ).
O rendimento médio dos assalariados teve ligeiro recuo de 0,2% com
valor de R$ 1.467. Mas a massa de rendimentos aumentou em 3,2%.
Ao longo do ano passado também houve uma redução da precariedade do
mercado de trabalho. O número de admissões com carteira de trabalho
aumentou 5,8% e ao mesmo tempo ocorreu queda de 4,7% nas contratações
sem carteira.
Na avaliação do economista do Dieese Sérgio Mendonça, “2011 foi um
ano bom” porque, mesmo com a economia crescendo a um ritmo mais lento,
na média, a taxa de desemprego teve um desempenho mais favorável do que
em 2010.
Ele observou que esse resultado foi puxado pelos serviços com alta
de 2,6% e pela construção civil que cresceu 5,2%. Já a indústria ampliou
as vagas em apenas 1,1%.
Sobre os rumos do emprego em 2012, o economista alerta que tudo vai
depender dos desdobramentos da crise na Europa. Se for mantida a atual
situação, ele acredita que a taxa de desemprego em 2012 pode repetir a
de 2011 ou até “ter uma taxa bem menor”. Na projeção dele, a economia
brasileira deve crescer de 3% a 4%.