A Securities and Exchange Commission (SEC) vai realizar uma consulta pública no ano que vem sobre a questão das negociações de alta frequência e as chamadas “dark tradings” [negociações ocultas], realizadas longe das bolsas de valores.
Numa carta enviada a um congressista americano que vem criticando a atual estrutura do mercado, Mary Shapiro, presidente da SEC, disse: “Esperamos no mês que vem pedir um comentário público, através de um comunicado conceitual ou outro documento parecido, sobre uma série de questões relacionadas à liquidez oculta em todas as suas formas, além do impacto das negociações de alta frequência sobre nossos mercados”.
Isso foi uma resposta de Shapiro a um carta que ela recebeu em novembro do senador Ted Kaufman, na qual ele exortava a SEC a “adotar medidas imediatas para combater os algoritmos dos manipuladores negócios de alta frequência e o risco sistêmico associado ao chamado acesso patrocinado”.
As negociações de alta frequência, os grupos de negociações ocultas, a locação conjunta de servidores em centros de dados e o acesso patrocinado emergiram este ano como problemas contenciosos entre advogados, operadores e investidores.
Os volumes de ações negociadas nos Estados Unidos são dominados por operadores que usam poderosos algoritmos de computador, em uma prática conhecida como negociação de alta frequência. Estima-se que esses negócios respondam por até 70% do movimento de ações diário dos EUA, contra cerca de 30% há poucos anos.