Os executivos da Randon que foram processados pela Justiça Federal de São Paulo apelarão para se defender contra a acusação de um suposto uso de informações privilegiadas visando o lucro no mercado de ações. “Em relação a este processo, estamos nos defendendo e fazendo uma apelação”, contou ao DCI, Astor Milton Schmitt, diretor corporativo e de relações com investidores.
De acordo com nota de esclarecimento divulgada pelo grupo “as compras citadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), foram em quantidades e valores inexpressivos” se comparada ao histórico das pessoas abrangidas. Esta justificativa foi reforçada pelo executivo em conversa com a reportagem.
A ação foi movida contra seis executivos e acionistas da empresa: Raul Anselmo Randon, Nilva Terezinha Randon, Daniel Raul Randon, Erino Tonon, Astor Milton Schmit e Erino Tonon, com a alegação de que eles teriam adquirido 754 mil ações da Randon e da Fras-le, pouco antes (dois meses) da entrada da Arvin Meritor como sócia do grupo brasileiro – depois disso, as ações valorizaram mais de 100% após um ano. Em sua defesa, a empresa alega que o grupo “tem por hábito realizar investimentos adquirindo ações”, no caso, de amas as empresas citadas.
O processo administrativo feito CVM gerou multa aos executivos de cerca de R$ 231 mil. Eles argumentam que “as aquisições não objetivaram obtenção de vantagem ou proveito próprio”.