Após iniciar o ano com déficit, a balança comercial se recuperou e voltou a operar no azul na segunda semana de janeiro. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior anunciou o valor positivo em US$ 496 milhões, com média diária de US$ 99,2 milhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 7,270 bilhões, com média de US$ 1,454 bilhão por dia útil.
As exportações, no período, foram de US$ 3,883 bilhões, com média diária de US$ 776,6 milhões. Já as importações, chegaram a US$ 3,387 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 677,4 milhões.
Nos dez dias úteis de janeiro, as exportações somaram US$ 6,664 bilhões, com média diária de US$ 666,4 milhões. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 17,9% superior a de janeiro de 2010 (US$ 565,3 milhões). Em relação à média diária de dezembro do ano passado (US$ 909,5 milhões), houve queda de 26,7% nas exportações.
As importações do período chegaram a US$ 6,654 bilhões e registraram média diária de US$ 665,4 milhões. Houve aumento de 15,9% na comparação com a média de janeiro do ano passado (US$ 574,1 milhões) e retração de 1,6% na comparação com a média de dezembro de 2010 (US$ 676,1 milhões).
O saldo comercial de janeiro está superavitário em US$ 10 milhões (média diária de US$ 1 milhão). Em janeiro do ano passado, a balança comercial teve déficit de US$ 177 milhões (média diária negativa de US$ 8,9 milhões) e, em dezembro de 2010, superávit de US$ 5,368 bilhões (média diária de US$ 233,4 milhões) .
A corrente de comércio do mês alcançou US$ 13,318 bilhões (média diária de US$ 1,331 bilhão). Pela média diária, houve aumento de 16,9% no comparativo com janeiro passado (US$ 1,139 bilhão) e queda de 16% na relação com dezembro último (US$ 1,585 bilhão).
“Os dados hoje divulgados sobre a balança comercial provocam inevitavelmente uma reflexão sobre o futuro do comércio exterior e da própria economia brasileira. Se nada for feito seja em termos do câmbio seja em termos da promoção da competitividade da economia nacional, o ano de 2010 representará um divisor de águas por simbolizar uma penetração ímpar das importações industriais capaz de deslocar a produção nacional e deprimir o potencial de crescimento da indústria e da economia como um todo”, aponta a análise do Iedi.