Estimulada pela emissão de títulos, a dívida pública mobiliária federal interna cresceu R$ 47 bilhões em junho, passando de R$ 1,274 trilhão em maio para R$ 1,321 trilhão, o que representou avanço de de 3,74%, segundo os dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional na quinta-feira. No mês passado, a emissão líquida de títulos atingiu R$ 35,05 bilhões. Além disso, o estoque da dívida sofreu um impacto de mais R$ 11,51 bilhões por conta dos juros. A emissão líquida ocorre quando o Tesouro emite mais papéis do que resgata. As emissões somaram R$ 68,89 bilhões em junho e os resgates, R$ 32,79 bilhões.
A dívida pública total, composta pelo endividamento interno e externo, subiu 3,33% em junho deste ano, para R$ 1,43 trilhão. Em maio, o saldo estava em R$ 1,38 trilhão. A expectativa do Tesouro, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado no início deste ano é de que a dívida pública fique entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,6 trilhão no final de 2009. Na estimativa, consta a proposta de capitalização de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A primeira parcela de capitalização, de R$ 13 bilhões, foi feita em março.
O Tesouro informou que foram emitidos mais R$ 26 bilhões em títulos públicos, em junho, com igual impacto de crescimento na dívida pública, para o banco público de fomento. “Até o momento, R$ 39 bilhões em títulos já foram emitidos para o BNDES. Ainda há espaço para emissões suplementares”, informou o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido.