The rise in financial crime in America
29 de julho de 2009Alcoa Razes Rain Forest in Court Case Led by Brazil Prosecutors
31 de julho de 2009Os senadores deverão votar, na primeira sessão plenária deliberativa após o recesso, marcada para terça-feira, 4 de agosto, às 14h, projeto de lei complementar do Senado (PLS) 140/07 que permite a abertura de dados cadastrais e bancários destinados à investigação criminal. De autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o projeto determina que a investigação de ilícito penal inclua, entre outras informações, dados cadastrais que informam nome, endereço residencial ou comercial, estado civil, registros de identidade e de cadastro de pessoa física ou jurídica.
A investigação também poderá conter dados sobre as instituições financeiras as quais a pessoa que praticou ilícito penal mantém contas de depósitos, aplicações ou investimentos, assim como os números dessas contas e respectivas agências.
Pelo PLS, também ficará à disposição dos investigadores a movimentação financeira da pessoa inquirida em contas bancárias de instituições públicas ou das que o poder público detenha prerrogativa de indicar a maioria dos administradores, excetuando as sociedades anônimas e bancárias. Poderá haver ainda quebra de sigilo de outros dados para efeito da investigação criminal, contanto que haja consentimento expresso dos interessados.
Aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) com emendas e relatado pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), o PLS altera parte da Lei Complementar 105/01, que dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras.
O autor da matéria argumenta que a abertura ou quebra de sigilo dos dados listados não fere a intimidade e a vida privada da pessoa investigada, apenas possibilita informações fundamentais para os órgãos estatais de persecução criminal. Para Demóstenes Torres, não há qualquer razão plausível para o Estado não ter acesso a tais informações em nome do interesse público.
– Essa é uma postura equivocada que apenas deixa o Estado refém da sociedade civil, uma vez que a proteção dessas informações, hoje, só serve para atrasar o trabalho investigativo da polícia e do Ministério Público, atolar ainda mais o Judiciário e dar tempo para os criminosos garantirem o produto e o proveito do crime – afirmou o senador.
