O diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, antecipou há pouco a revisão da projeção de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para o Brasil em 2011. Durante audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o diretor afirmou que a estimativa de ingresso desses recursos neste ano está em US$ 70 bilhões, ante previsão anterior de US$ 55 bilhões. O diretor citou a projeção durante a audiência sem dar qualquer outro detalhe. De janeiro a julho, o Brasil recebeu US$ 38,448 bilhões em IED.
Mendes afirmou também que o Brasil está “blindado” contra qualquer choque externo, e destacou que essa segurança se deve principalmente ao nível elevado de reservas internacionais que o País possui.
“O Brasil hoje está blindado contra qualquer choque externo, e isso só foi conseguido porque temos nível de reservas razoavelmente compatível com tamanho da nossa economia”, disse Mendes.
Segundo ele, além do volume das reservas, a autoridade monetária também preza pela qualidade desses ativos, sobretudo pela sua liquidez. “Não adianta ter reservas elevadas, se não houver liquidez e segurança nesses ativos”, acrescentou.
Em resposta aos parlamentares, o diretor explicou porquê o Banco Central não utiliza os recursos das reservas para financiar o setor produtivo no País. “As empresas que tomassem esses recursos não poderiam antecipar pagamentos em momentos de necessidade. Preciso lançar mão desses recursos imediatamente em caso de agravamento da crise”, completou.
Mendes disse também que o real deve se tornar uma reserva de valor no médio prazo, com maior grau de conversibilidade no mercado internacional. “O fortalecimento do País leva ao fortalecimento de suas instituições, entre elas a moeda”, afirmou.