Os preços dos materiais escolares tiveram variação menor que a inflação
de janeiro a dezembro de 2011, foi o que apontou o Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta
terça-feira (18). Conforme a fundação, o IPC fechou 2011 em 6,36%.
No
período pesquisado, o material escolar subiu 6,01%, segundo o
economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV
(Ibre/FGV). “Não foi diferente nos últimos anos. Desde 2005, o material
escolar vem registrando aumentos abaixo da inflação média. Não tem
apresentado aumento real”, disse Braz.
Isso não quer dizer,
entretanto, que esse item da cesta de compras tenha deixado de ser
custoso para as famílias, em especial no primeiro mês do ano. “Tem que
procurar, pechinchar, comprar em grupo, para tentar baixar o preço’,
recomendou.
Ele acredita que, no IPC de janeiro, que será
divulgado no início de fevereiro, há chances de o material escolar
superar a inflação mensal. “No mês de janeiro, especificamente, devido à
procura, o preço pode subir. Mas, ao longo do ano, ele pode recuar.
Alguma sazonalidade nesse preço tem, pela lei da oferta e da procura.
Está todo mundo concentrado em comprar lista de material. Então, é óbvio
que os componentes devem subir”.
No que se refere aos livros
didáticos, André Braz avaliou que o peso no bolso das famílias pode ser
maior este ano. “Como os pais estão comprando sempre material diferente,
para séries diferentes, e, a cada ano, as crianças sobem de nível, você
nunca tem uma comparação muito precisa. Está sempre comprando uma outra
lista de material, um outro conjunto de livros, que pode ter um
conteúdo mais técnico e, aí, encarecer”.