Petroleiros de todo o país entraram em greve nesta segunda-feira para reivindicar aumento na participação de lucros e resultados (PRL) da Petrobras. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros, apesar de o lucro da estatal em 2008 ter sido superior em cerca de 60% ao de 2007, os valores propostos para o pagamento da participação de lucros e resultados aos funcionários estão abaixo do que foi pago pela empresa nos últimos quatro anos.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Petróleo no Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro), Eduardo Henrique, disse que a categoria quer uma proposta única de participação nos lucros e resultados para todos os trabalhadores do sistema Petrobras.
— Hoje a proposta avança de acordo com a faixa dos níveis, e entre o mínimo é o máximo há uma variação de duas vezes e meia. Sendo que uma parte dessa verba é destinada à remuneração de gerentes que não é divulgada. A gente tem processo na Justiça exigindo a divulgação da PRL de gerentes.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Petróleo no Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), Edson Flores, a adesão dos funcionários no Estado foi definida em assembléia geral extraordinária realizada na manhã desta segunda, em frente à refinaria Alberto Pasqualini.
— Além de não ter fornecido a particiação dos lucros, que estava previsto no acordo coletivo, sob a justificativa da crise, a empresa patricamente não oficializou a proposta salarial. E o mais grave: discriminou o os trabalhadores da Refap, Petroquisa, TBG. A greve reflete todo um descaso com a reivindicação dos trabalhadores — afirmou Flores.
Os petroleiros querem garantias em relação aos postos de trabalho, ao extraturno e à segurança. A greve deve durar cinco dias ou poderá ser prorrogada, caso a empresa não entre em negociação. A Petrobras deve se pronunciar sobre a greve dos funcionários no final da tarde.