A petroleira OGX (OGXP3), de Eike Batista, divulgou um comunicado, na noite de quinta-feira (3), afirmando considerar “toda e qualquer medida” adequada para a proteção de seus interesses e preservação da continuidade de seu negócio.
A OGX passa por um momento de alto endividamento, problemas na produção e escassez de recursos para investimentos. Nos últimos dias, notícias afirmam que a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial (antiga concordata).
No comunicado, a petroleira do grupo EBX ressalta que vem analisando diversos cenários com seus assessores Lazard e Blackstone.
“Em que pese a revisão da estrutura de capital ainda não ter sido concluída, a administração entende que a companhia deve considerar toda e qualquer medida legal que seja adequada para a proteção de seus interesses e preservação da continuidade de seu negócio”, informou em um comunicado.
Calote e troca de sede
Nesta semana, a petrolífera OGX optou por não pagar US$ 44,5 milhões a credores estrangeiros. Esse é o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.
Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”, as empresas do grupo EBX iniciaram um plano de desocupação do histórico edifício Serrador, no centro do Rio. A medida teria como objetivo diminuir as despesas das empresas comandadas por Eike Batista, em mais um capítulo da dramática queda de seu império.
A crise nas empresas de Eike Batista afetou a imagem da economia do país, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta segunda-feira (30).
O ministro disse que a queda das ações da petroleira OGX “já causou problemas para a imagem do país e para a Bolsa de Valores, que teve uma deterioração”.
Segundo Mantega, a situação das empresas controladas por Eike afeta o próprio desempenho da economia brasileira e “nossa reputação na Bolsa de Valores, que é muito boa”.
De acordo com o ministro, apesar da “Bolsa estar subindo agora, teve uma queda de perto de 10% por conta dessas empresas de Eike”.