Landslides cut off Brazil statue
15 de abril de 2010Serra Maintains Lead Over Rousseff in Brazil Poll, Folha Says
19 de abril de 2010Em meio às dificuldades da Grécia em obter crédito no mercado internacional, o Brasil conseguiu ontem vender nos Estados Unidos e na Europa US$ 750 milhões de títulos da dívida externa com vencimento em 2021.
Na operação, a primeira captação externa do Tesouro Nacional neste ano, o governo obteve o menor cupom de juros da história para um título soberano do País: 4,875% ao ano. O cupom representa os juros que o Tesouro paga aos investidores que compram o papel brasileiro. O pagamento é feito duas vezes ao ano.
Até então, o menor cupom havia sido na venda do Global 2041, bônus emitido no ano passado a uma taxa de 5,625%. Um cupom de juros menor é bom para o Tesouro porque reduz o fluxo de desembolsos anuais do governo até o vencimento do papel. A taxa de retorno ao investidor (yield, ou rentabilidade do papel) ficou em 5% ao ano. A taxa é calculada levando em conta o cupom e o fluxo de pagamentos.
O Global 2021, negociado ontem, é um novo papel da dívida externa para o prazo de referência de dez anos. A mais recente emissão do Tesouro ocorreu em dezembro, com a colocação do Global 2019, quando o Tesouro conseguiu pagar a menor taxa de retorno para os investidores da história: 4,75%. Agora, como o Global 2021 tem prazo de vencimento com dois anos a mais, o yield obtido na operação, 5%, foi equivalente ao da operação histórica de dezembro.
Janela. O Brasil encontrou ontem uma janela de oportunidade para fazer essa operação no mercado internacional com a melhora das condições nesta semana. A expectativa era de que a venda poderia alcançar US$ 1 bilhão. O Brasil está com boa imagem no exterior e descolado da Grécia, que tenta fazer, sem sucesso, operação de venda de títulos. O país ainda tem rating melhor que o Brasil pelas agências de classificação de risco.
A estratégia da nova operação brasileira continua sendo melhorar o perfil da dívida externa com a troca de papéis por outros com custo mais baixo e de maior liquidez. Para isso, o Tesouro vem recomprando títulos da dívida externa com prêmios maiores. Em janeiro e fevereiro, recomprou cerca de US$ 600 milhões. Com as compras de março e abril o volume está próximo a US$ 1 bilhão. Essa foi a sexta captação externa do Tesouro após a saída da crise. A operação pode ser estendida hoje ao mercado asiático.
