European Commission financial tax opposed by UK
28 de setembro de 2011BC reduz previsão do PIB e eleva a do IPCA
30 de setembro de 2011O Parlamento alemão aprovou nesta quinta-feira o plano de resgate da zona do euro com ampla maioria.
Um porta-voz confirmou que, dos 611 votos totais de deputados presentes,
foram 523 a favor e 85 contra. Houve ainda três abstenções. Eram
necessários ao menos 307 votos para aprovar a lei.
Com isso, foi aprovada a concessão de novos poderes para o fundo de
auxílio destinado aos países da zona do euro, conhecido como FEEF (Fundo
Europeu de Estabilidade Financeira).
Criado em 2010 e ampliado neste ano, o fundo temporário de resgate está
dotado de 780 bilhões de euro em avais e garantias, embora sua
capacidade efetiva de empréstimo para socorrer países em dificuldades
seja superior a 440 bilhões.
A ampliação do fundo de resgate era vista como uma medida necessária
para auxiliar os países endividados do bloco europeu, como a Grécia, e
impedir que os gregos e outras nações que enfrentem pesadas dívidas
decretem moratória.
A aprovação garante que a Alemanha vai prover empréstimos de até 211 bilhões de euros ao FEEF, ao invés dos 123 bilhões atuais.
“Hoje vamos fazer uma contribuição importante para nossa nação, para a
Europa e para a estabilidade do euro”, afirmou Volker Kauder, o líder
parlamentar do bloco de Merkel durante debate na Casa. A votação era
vista também como um teste de popularidade da coalizão de centro-direita
comandada pela chanceler alemã, Angela Merkel.
ZONA DO EURO
A Alemanha é o 11º país dos 17 membros da zona do euro a aprovar o
acordo. A fim de que o fundo fortalecido entre em vigor, ele precisa ser
aprovado por parlamentares de todos os países. Finlândia, Espanha,
Bélgica, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e
Eslovênia também já votaram a favor.
Ainda não aprovaram o plano Áustria, Chipre, Eslováquia, Estônia,
Holanda e Malta, que devem levar o assunto a votação provavelmente em
outubro.
Com a aprovação na Alemanha, a maior economia do bloco, a expectativa é
de que deputados das demais nações europeias sigam o mesmo caminho.
CRÍTICA DOS EUA
O presidente americano, Barack Obama, vem criticando nos últimos dias a
resposta europeia à crise na região, dizendo que as medidas aprovadas
até o momento não eram suficientes.
Segundo o presidente dos EUA, a recuperação da economia americana vem
sendo dificultada, entre outros motivos, pela saúde financeira dos
países europeus enfraquecida.
“Na Europa, não vimos os líderes lidando com o sistema financeiro e
bancário da maneira efetiva como precisam”, disse na quarta-feira.
