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18 de julho de 2012Depois de se reunir com o presidente do Paraguai, Federico Franco, a missão de deputados do Parlamento Europeu, que está em Assunção, capital paraguaia, analisa hoje (17) os impactos do impeachment do então presidente Fernando Lugo nos movimentos sociais do país. É a segunda etapa da visita dos parlamentares europeus ao país. Lugo foi destituído do poder há 26 dias, depois de ser submetido a um processo de impeachment na Câmara e no Senado.
Pela agenda dos parlamentares europeus, eles se reunirão com líderes de movimentos sociais e partidos políticos paraguaios. O processo de impeachment de Lugo é alvo de críticas de parte da comunidade internacional, inclusive do Brasil, por suspeitas de golpe de Estado, portanto rompimento com a democracia.
Ontem (16) a missão parlamentar conversou com Franco, autoridades do governo e visitaram o Congresso Nacional. O governo paraguaio sustenta que o processo de impeachment é constitucional e que conta com o apoio da população. Após as reuniões no Paraguai, os parlamentares pretendem fazer um relatório para a União Europeia.
A missão parlamentar europeia é presidida pelo socialista espanhol Luis Yanez e composta pelo deputado Audy Jean-Pierre (França), Michal Kaminski (Polônia), Jürgen Klute (Alemanha) e os espanhóis Esther Herranz Garcia, Maria Muñiz de Urquiza, Miranda e Ana Salafranca.
Anteriormente à visita da missão, um grupo de 30 deputados do Parlamento Europeu (formado por 754 parlamentares) condenou a destituição de Lugo. O Mercosul condenou a decisão de destituição. Por decisão unânime, o bloco suspendeu o Paraguai até as eleições de abril de 2013, quando será escolhido o novo presidente do país.
A Constituição do Paraguai proíbe a reeleição presidencial. Não há confirmação se Lugo pretende concorrer às disputas eleitorais. O ex-presidente se diz alvo de um golpe de Estado.
