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18 de abril de 2024O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira, 17, que a defesa da união do que ele chama de \”centro democrático e reformista\” não deve ser confundida com o \”Centrão\” – bloco informal na Câmara composto por partidos médios e pequenos.
Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB, é um dos signatários de um manifesto a ser lançado no fim de maio, conforme antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que destaca a necessidade de unir um \”centro democrático\” nas eleições de outubro, encabeçado por lideranças de PSDB, DEM, MDB e PTB.
\”Acho que precisa haver um esforço\”, afirmou o tucano nesta quinta, na Fundação FHC, em São Paulo. \”Se você diluir o centro no Centrão, não corresponde com o desejo de reforçar o pensamento democrático, prestar atenção nas desigualdades, combate à corrupção e visão de futuro, o Brasil integrado na economia global, isso que eu acho uma visão que precisa ser renovada no centro\”, disse.
Como Centrão, o tucano disse que se refere a pessoas com interesses fisiológicos no \”dá cá toma lá\” de partidos e governo. Em recado a seu partido, Fernando Henrique disse que é preciso unir o centro nas eleições, mas misturar o chamado \”Centrão\” na aliança pode ter um custo caro perante o eleitorado.
Questionado se o ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, está confundindo o centro com Centrão, FHC disse que ele tem sido prudente. \”Não tem nem dado passos além da perna\”, afirmou.
Em Fortaleza, o empresário Flávio Rocha, presidenciável pelo PRB, disse nesta quinta que apoia o manifesto lançado por FHC. \”Eu me associo inteiramente, inclusive fui pioneiro neste esforço de fazer face aos dois extremos que nos remetem aos dois piores momentos de nossa história: a era da ditadura e a da recente destruição da economia brasileira\”, disse.