Enquanto, na terça-feira, no Brasil, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciava projeções ainda mais pessimistas para o setor, em Genebra, durante o primeiro dia de um dos principais salões de carros do mundo, os executivos das maiores montadoras do mundo demonstravam preocupação com o mercado brasileiro.
“A situação está um pouco difícil”, disse o presidente da Renault, Carlos Ghosn. “A expectativa é de queda nas vendas em 2015 e isso é uma grande frustração porque sabemos que o Brasil tem um grande potencial”, lamentou o executivo, que participa do evento em Genebra.
As expectativas do setor pioraram desde o início do ano. Em janeiro, por exemplo, a Fenabrave disse que estimava uma retração de 0,53% nas vendas. Ontem, mudou essa previsão prevendo uma queda de 10% em relação ao ano passado, com um total de 2,48 milhões de emplacamentos até dezembro deste ano. Em 2014 ante 2013, as vendas caíram 7,1%. Também em janeiro a Anfavea (a associação das montadoras brasileiras) indicou que o ano de 2015 seria de estagnação na venda, em quase 3,5 milhões de unidades. A produção teria alta de 4,1%.