Os empresários brasileiros estão menos otimistas com relação ao acesso a financiamento para este ano. A informação consta no IBR (International Business Report) da empresa de consultoria Grant Thornton.
Segundo o levantamento, 57% dos executivos disseram acreditar que o financiamento seria mais acessível, queda de 19 pontos percentuais na comparação com o ano passado (quando o índice era de 68%).
Para 10% dos empresários brasileiros o acesso ao financiamento será menos acessível e 33% acreditam que não irá mudar em relação ao ano passado. Apesar disso, o resultado está bem acima da média global, de 34%.
“As dificuldades para obtenção de financiamento merecem mais atenção do setor público mundial, mas principalmente no Brasil, onde temos um número grande de pequenas, médias e micro empresas que são as que mais enfrentam barreiras para conseguir linhas de créditos”, defende o responsável pelo IBR na América Latina, Javier Martinez.
Martinez acrescenta ainda que “o problema não poderá ser resolvido sem um ajuste da dívida pública, que acarreta altos juros nos financiamentos. Isso acaba comprometendo o desenvolvimento das empresas na economia, uma das que mais crescem no mundo”.
Mundo
Das 39 economias participantes, as que mais os empresários acreditam que terão melhor acesso a financiamento são Índia (77%), Chile (71%), México (64%), Filipinas (63%) e Vietnã (60%). Por outro lado, executivos gregos (58%), irlandeses (57%), chineses (39%) e espanhóis (34%) acreditam que o acesso a financiamento será menor.
O México registrou o maior aumento no número de empresários que acham que o acesso a financiamento será melhor em 2011 (29%), seguido da Dinamarca (19%) e Alemanha (15%).
A Alemanha também foi o país que teve a maior queda na quantidade de empresários que acreditam que o acesso a financiamento será menor (33%), assim como Japão (22%) e Bélgica (20%).
Na América Latina quantidade de empresários que diz crer que o acesso a financiamento será maior aumentou 6%, e nos países nórdicos 3%. Eurozona e Japão cresceram apenas 2%.
Já nos países em crise na Europa (Portugal, Itália, Grécia e Espanha), 9% menos empresários dizem acreditar que o crédito será mais acessível. Entre os Brics, esse índice caiu 6%.