O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações da operação “lava jato”, que apura denúncias de pagamento de propina em contratos de empreiteiras com a Petrobras, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Em nota publicada neste sábado (6/12), segundo ele com o intuito de esclarecer as recentes notícias veiculadas, Janot parece se defender das críticas de que sua atuação pretende blindar o governo federal e da falta de ações contra políticos envolvidos.
Nos últimos dias, foram publicadas diversas notícias afirmando que Janot condiconou um acordo com as empreiteiras envolvidas na “lava jato” à confissão dos crimes. Diante dessas informações, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi um dos que afirmou que o objetivo de Janto é blindar o governo, já que a participação de políticos seria diminuída. “As empresas assumem a culpa, livram os políticos, porque não haveria mais a propina; a Petrobras vira vítima”, disse o senador.
Na nota publicada neste sábado, o PGR afirmou que o Ministério Público Federal cumprirá seu dever constitucional e conduzirá a apuração nos termos da lei, com o rigor necessário. Segundo ele, a investigação vem sendo feita em conjunto com o gabinete do procurador-geral da República, que tem a atribuição de processar as autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal.
Janot defendeu ainda o uso da colaboração premiada que, segundo ele, tem permitido conferir agilidade e eficiência à coleta de provas, de modo a elucidar todo o esquema criminoso.