A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, durante a visita
oficial à China, esperar que o mix de exportações do Brasil para a
segunda maior economia do mundo seja ampliado para além das
matérias-primas, incluindo bens de alta tecnologia e de maior valor
agregado.
“Atualmente, o comércio entre o Brasil e a China está concentrado em
matérias-primas como minério de ferro e soja, o que não é ruim”, disse
durante discurso em um fórum com líderes empresariais de ambos países.
“Mas um comércio mais diversificado é o único caminho para dar
sustentação a uma relação comercial de longo prazo”, observou.
Os dois países devem buscar mais oportunidades de cooperação em áreas
como de serviços e infraestrutura, disse a presidente. Dilma afirmou
ainda esperar que o Brasil possa exportar mais bens como aeronaves e
automóveis para a China, observando que o Brasil é o sexto maior
produtor de automóveis no mundo em termos de produção anual. A China,
por sua vez, pode explorar oportunidades na construção de trens de alta
velocidade no Brasil, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em resposta aos comentários de Dilma, o porta-voz do ministério das
Relações Exteriores da China, Hong Lei, disse que o país considera
positivo a exportação de bens de maior valor agregado do Brasil para o
país, mas não deu detalhes. As informações são da Dow Jones.