Eles criaram entidades de classe, contrataram consultorias e recorreram a ex-funcionários do governo Lula
“No governo Dilma, indiscutivelmente, houve um crescimento das medidas protecionistas”, disse Ramalho. Ele critica a falta de disposição do governo em conversar com os importadores. “O Ministério da Fazenda está convencido de que há uma invasão de importações.”
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Os importadores querem fugir da imagem de contrabandistas e sonegadores que persegue o setor desde a década de 80. Até mesmo os importadores da Rua 25 de março, conhecidos por trazerem “bugigangas” da China, estão se organizando.
Em 2006, esses importadores fundaram a Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (Abipp). “A associação surgiu da necessidade de mostrar a cara e diferenciar os importadores que pagam impostos”, diz Gustavo Dedivitis, que presidiu a Abipp.
A Abipp ganhou novos associados que trazem produtos de maior valor agregado e se transformou na Associação Brasileira dos Importadores de Bens de Consumo (Abcon). Dedivitis, que hoje preside a Abcon, acredita que Dilma é mais protecionista que Lula. “No governo Lula, existia uma preocupação com os pobres e nós trazemos produtos para essas pessoas. Já o governo Dilma elegeu os importadores como os bandidos da história.”