Plantão | Publicada em 29/05/2008 às 19h44mO Globo OnlineSÃO PAULO – O gás de cozinha encanado ficará mais caro em São Paulo a partir de junho. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que regula os serviços de gás canalizado do estado, informou nesta quinta-feira que os impactos nas faturas para os usuários de gás canalizado variam de acordo com as suas estruturas tarifárias e volumes consumidos. O segmento residencial terá reajuste médio de 16%, impactando em R$ 6,55 o usuário que utiliza 16m3/mês (equivalente a 1 botijão de gás GLP) e em R$18,42 o usuário que consome 40m3/mês, em geral utilizando o gás natural para cocção e aquecimento de água. O segmento industrial terá reajuste médio da ordem de 30%, resultando em aumentos de 22,73% a 28,88% para o pequeno industrial na faixa de 10.000m3/mês a 100.000m3/mês. Os grandes usuários com consumos superiores a 500.000m3 mensais terão reajustes de 33,24% a 36,8%. O segmento de Gás Natural Veicular na área da Comgás terá reajuste para os postos de combustíveis de 40,82%. A Comgás passará a vender o produto para os postos por R$0,812180/m3 (valor sem ICMS). A Gás Natural SPS terá preço de venda para os postos de R$0,732299/m3 (valor sem ICMS), já aplicado reajuste de 30,37%. De acordo com a agência, as tarifas são reajustadas anualmente de acordo com a data de assinatura do contrato de concessão de cada concessionária. Neste procedimento são considerados os valores da margem de distribuição e a atualização do preço do gás (boliviano e nacional) e do transporte. Também é considerada a variação anual do IGPM para a parcela da tarifa correspondente aos custos da concessionária tais como aqueles decorrentes da operação, manutenção, depreciação e margem. Em nota, a Arsesp afirma que os custos do gás este ano foi fortemente influenciado pela variação de preço do barril de petróleo e mais especificamente do óleo combustível. Em um ano, o preço do petróleo teria aumentado mais de 100%, segundo a agência. Em decorrência, a Petrobrás teria reajustado os preços do gás de origem boliviana em 41,16% (em dólar) e em 59,70% os contratos de gás nacional, o que acabou elevando o reajuste.