Hank Greenberg, ex-chairman da AIG, aceitou ontem pagar US$ 15 milhões para que seja encerrada a investigação da Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) sobre seu papel na fraude contábil na companhia entre 2000 e 2005.
O acordo está centrado no alegado envolvimento de Greenberg em “numerosas transações contábeis impróprias” que inflaram os resultados da AIG.
A SEC informou que o alvo das investigações contra Greenberg envolve transações fictícias com a resseguradora General Re, uso de uma companhia em paraíso fiscal para ocultar prejuízos com seguros no setor automobilístico e movimentação de dinheiro para reportar ganhos com investimentos.
A AIG demitiu Greenberg em 2005 durante a investigação sobre transações e posteriormente pagou US$ 1,6 bilhão para encerrar as investigações da SEC e do escritório do secretário de Justiça do Estado de Nova York.
A queixa da SEC foi vaga sobre o papel de Greenberg nas irregularidades contábeis, dizendo simplesmente que “como pessoa controladora da AIG” ele estava “consciente de transação que permitiram à AIG criar a falsa impressão de que cumpria ou superava sistematicamente as expectativas” sobre metas de desempenho.
Em declaração, Greenberg afirmou “apreciar o reconhecimento da SEC de que ele pessoalmente não deveria ser acusado de qualquer fraude”.
Greenberg acrescentou estar “satisfeito em, finalmente, colocar essas questões no passado e ser capaz de concentrar-se em construir o futuro”.
Howard Smith, vice-presidente e principal executivo financeiro da AIG, aceitou um acordo com a SEC por US$ 1,5 milhão.
A queixa diz que ele “sabida ou irresponsavelmente desconsiderou que a contabilidade da AIG não estava em conformidade”. Andrew Lawler, advogado de Smith, disse que embora ele estivesse inicialmente planejando reagir às acusações, “o encerramento da questão com a SEC permite que ele siga em frente com sua vida”.