A partir do próximo mês, o IPCA, a inflação oficial do país, passa a ser
medida com base em uma nova estrutura de pesos, o que segundo o IBGE
vai refletir melhor as mudanças nos hábitos da sociedade.
A inflação passará a ser ponderada por uma cesta de consumo mais
recente, que foi revelada na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de
2008/2009 e que já apontou a influência mais intensa da tecnologia no
cotidiano das famílias brasileiras.
Antes, a pesquisa se baseava
em outro padrão de consumo estudado cinco anos antes, e que ainda levava
em conta itens hoje não tão comuns nos lares, como a máquina de
costura, por exemplo.
Agora, produtos como o chuchu e serviços
como o barbeiro, por exemplo, não serão mais levados em conta na hora de
calcular a inflação do pais. Outros produtos como o tradicional chope,
que antes eram pesquisados apenas no Rio de Janeiro, passarão a ser
incorporados na categoria “outras bebidas alcoólicas”.
Por outro
lado, o acesso à internet quase triplicou seu peso no índice, ao passar
de 0,1104 para 0,3177, na nova pesquisa. O mesmo não acontece com o
velho filme de máquina fotográfica e flash descartável, que para o
instituto já não afeta o bolso do consumidor.