O Fundo Soberano da Noruega, o maior do mundo e sustentado com petrodólares, retirou a Petrobras de uma lista de empresas que poderiam ser descartadas para receber investimentos devido ao risco de corrupção.
A empresa brasileira foi colocada em observação em 2016 em meio ao escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato.
O Conselho de Ética do fundo acredita que o risco de corrupção na Petrobras foi reduzido. \”Essa avaliação é baseada, entre outras coisas, em acordos legais com as autoridades dos EUA, que confirmam que a Petrobras implementou medidas abrangentes de melhoria desde que a investigação começou em 2014\”, afirmou o banco central do país, que administra o fundo.
O fundo norueguês possui atualmente cerca de 0,83% do capital da Petrobras, o que está avaliado em cerca de US$ 659 milhões, de acordo com o site da organização.
O fundo foi criado pelo governo norueguês para que o dinheiro da exploração de petróleo no país rendesse e pudesse ser usado em benefício das futuras gerações. Os recursos do fundo são aplicados principalmente em ações de empresas estrangeiras, e o governo só pode usar, atualmente, até 3% do total por ano.
O fundo norueguês é administrado por normas que o impedem de investir em empresas culpadas de violação dos direitos humanos, que fabricam armas \”particularmente desumanas\” ou que produzem tabaco.
O fundo soberano da Noruega soma atualmente mais de 1 trilhão de dólares e tem participação em cerca de 9 mil empresas em 70 países. As ações em empresas de energia e petróleo representavam 5,9% dos investimentos do fundo no final de 2018.