O Ministério da Fazenda reduziu as projeções para o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) para 2011, cujos dados ainda não são
conhecidos oficialmente, e também para o ano de 2012. Para este ano
houve redução de 5% para 4,5% e, para o ano passado, a projeção recuou
de de 3,8% para 3,2%. Os dados fazem parte do boletim Economia
Brasileira em Perspectiva, divulgado hoje, cujos dados estão atualizados
até o dia 2 de fevereiro. Para 2013, a Fazenda projeta uma expansão da
economia da ordem de 5,5% e, para 2014, de 6%.
“O ano de 2011 foi importante para consolidar a trajetória de
crescimento de longo prazo em um ambiente internacional de franca
desaceleração”, avaliaram os técnicos do Ministério. A projeção da
Fazenda é a de que, depois da acomodação de 2011, a economia brasileira
vai se acelerar. “Com investimentos tanto do setor privado como do setor
público, a média de expansão do PIB até 2014 deve ser superior à dos
quatro anos anteriores”, comentaram.
IPCA
Para a inflação deste ano a Fazenda prevê alta de 4,7%. Se for
confirmada a projeção, o IPCA encerrará 0,2 ponto porcentual acima do
centro da meta. No ano passado, a inflação encerrou no limite do teto da
meta, em 6,5%. “Depois de um período de alta, as pressões de preços
observadas no primeiro semestre de 2011 começaram a se dissipar, com
recuo da taxa acumulada em 12 meses a partir de outubro”, avaliaram os
técnico do ministério no documento.
Sobre o resultado do ano passado, a Fazenda destacou que por sete
anos consecutivos a inflação brasileira encerrou o ano dentro das metas
fixadas pelo Conselho Monetário nacional (CMN). “As pressões
inflacionárias em 2011 tiveram causas predominantemente externas,
sobretudo em decorrência de choques de preços de commodities no fim de
2010 e início de 2011”, argumentaram os técnicos.
Na avaliação da equipe econômica diversos indicadores mostram que os
preços estão bem mais comportados desde meados do ano passado. “A
expectativa é de que a inflação brasileira ao consumidor prossiga em
trajetória de declínio, caminhando em direção ao centro da meta para
2012”, preveem.