A Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, anunciou o envio de mais 14 milhões de doses de vacina contra COVID-19 para o Brasil e outros países da América Latina. No início do mês, o país já havia anunciado o envio de 6 milhões de doses para a região. Somados, são mais de 438 milhões de habitantes.
O governo americano havia prometido 80 milhões de doses para outros países, mas inicialmente divulgou apenas o destino de 25 milhões de vacinas. Ontem, a Casa Branca divulgou a estratégia de compartilhamento dos 55 milhões restantes.
Novamente, o Brasil receberá as vacinas através do consórcio internacional Covax Facility. Os EUA distribuem as vacinas de duas formas: 75% são compartilhadas através do Covax, que faz a divisão por região geográfica, e 25% são enviadas diretamente pelo governo americano a países parceiros e locais onde se verifique uma crise maior de COVID.
As vacinas a serem doadas são provenientes dos laboratórios Johnson & Johnson, Moderna e Pfizer. As doses da Oxford/AstraZeneca só serão compartilhadas após aval da FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos americana) – o que pode levar a uma terceira etapa de doação pelos EUA.
Nas duas rodadas de distribuição, o Brasil não entrou na lista dos países que receberão as vacinas diretamente dos EUA e está apenas entre os contemplados pela divisão através do Covax.
Os americanos afirmam que levam em consideração o surgimento de novos focos do vírus no mundo para decidir a doação direta.
Na prática, a Casa Branca tem usado a doação direta para beneficiar aliados e parceiros, além de tentar conter a influência da China.
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