As duas primeiras empresas brasileiras a entrarem na exploração de petróleo no pré-sal, a estreante Barra Energia do Brasil e a Queiroz Galvão, pagaram US$350 milhões à Shell Brasil, subsidiária da gigante mundial Royal Dutch Shell, na compra dos 20% de participação que a petrolífera detinha no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas no pré-sal da Bacia de Santos.
O diretor-presidente da Barra Energia, João Carlos França de Luca, comemorou o fato de a empresa – formada em sua maioria por ex-funcionários da Petrobras e da Repsol – iniciar suas atividades já em um bloco no pré-sal. No bloco, o consórcio, operado pela Petrobras, descobriu a acumulação chamada de Bem-te-Vi, que ainda está em avaliação.
– Estamos muito contentes pelo privilégio de sermos a primeira companhia brasileira iniciante a ingressar numa área tão disputada como é a do pré-sal – disse De Luca, ex-presidente da Repsol no Brasil e presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo.
A Barra e a Queiroz Galvão compraram, cada uma, 10% da participação que a Shell tinha no bloco, pagando US$175 milhões, cada. A Petrobras, que é operadora, detém 66% do consórcio, e a portuguesa Galp, 14%.
A Barra Energia tem US$1 bilhão para investimentos, resultado de uma operação de capitalização realizada em 2010, quando a companhia foi constituída. Seus principais investidores são os fundos americanos de investimento First Reserve Corporation e Riverstone Holdings. De Luca destacou que a Barra Energia está analisando a possibilidade de adquirir participações em outros blocos.