A EIG Global Energy Partners está interessada em comprar mais ativos do empresário Eike Batista, disse uma pessoa familiarizada com os planos da empresa de investimentos dos Estados Unidos, dias após a EIG ter fechado um negócio que deu a ela o controle de um grande porto.
A EIG, porém, não está negociando ativamente com o grupo EBX do empresário, disse a fonte, que não quis especificar quais ativos que a empresa de gestão de investimento de US$ 12,8 bilhões está de olho.
Forçado a desmantelar, por problemas de dívida, um império de energia, porto e mineração que valia US$ 35 bilhões no ano passado, Eike Batista busca parceiros ou compradores para a empresa de petróleo OGX Petróleo e Gás Participações (OGXP3), para a mineradora MMX (MMXM3), para a empresa de construção naval OSX Brasil (OSXB3) e para a companhia de carvão CCX (CCXC3).
A EIG não quis comentar. Executivos da EBX não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Buscando lucrar com a corrida pelo petróleo brasileiro, a EIG anunciou na semana passada que vai comprar novas ações da empresa logística LLX (LLXL3) no montante de R$ 1,3 bilhão para ajudar a completar o Porto do Açu, um complexo gigante no Estado do Rio de Janeiro. A EIG procurou Eike para um possível acordo sobre o porto há cerca de seis semanas, disse a fonte.
No ano passado, a EIG também concordou em investir R$ 500 milhões na Sete Brasil, que constrói 28 sondas de perfuração em águas profundas para a estatal Petrobras (PETR4).
A EIG obteve os ativos da LLX por uma fração do que podem valer se o Porto do Açu atingir seu potencial. Empresas como a General Electric e a francesa Technip já fizeram acordos para comprar áreas no porto.
A EIG espera que o porto seja usado para servir a Petrobras e parceiros como a britânica BG Group e a espanhola Repsol, em meio a exploração das reservas de petróleo do pré-sal ao longo da costa do Brasil.
“O ponto de desembarque para todo esse petróleo é o porto do Açu”, disse a fonte. “É uma jóia da coroa”.