Revista destaca nova força da região
A mais recente edição da revista britânica “The Economist” traz um especial sobre a América Latina, com destaque para o crescimento econômico da região em meio à crise global. Sob o título “Nobody’s backyard” (“Não é o quintal de ninguém”), a capa mostra o mapa das Américas de ponta-cabeça, com a América Latina acima dos Estados Unidos.
“Uma região que havia se tornado sinônimo de instabilidade financeira navegou tranquilamente pela recessão”, diz a revista, lembrando que as projeções de crescimento para este ano passam de 5% na região.
O Brasil, afirma a “Economist”, é o destaque da região, com expansão econômica acima da média. A publicação lembra que o país caminha para se tornar a quinta maior economia do mundo, atrás apenas de China, EUA, Índia e Japão.
Essa pujança, diz a revista, demanda um novo pensamento, tanto na América Latina como “ao Norte do Rio Grande” (os EUA). Os latino-americanos precisam abandonar o discurso — habitual em Hugo Chávez — de que são tratados como “o quintal dos EUA”. “Poderes mais sensatos, como o Brasil, têm de aumentar as críticas a essa bobagem.” Mas os americanos, focalizados no crime e na imigração, também precisam mudar. “Quanto mais abertos os EUA forem com a América Latina, maiores as chances de criar prosperidade, que afinal é a maior proteção contra conflito e desordem.” A “Economist” sugere que os EUA construam pontes, não muros.