A divida pública mobiliária federal interna (DPMFI) cresceu 3,7% em 2008, atingindo no fim do ano R$ 1,264 trilhão, em comparação com R$ 1,219 trilhão em dezembro de 2007. Com esse desempenho, o endividamento total do governo federal ficou em R$ 1,397 trilhão, garantindo o cumprimento da meta do Programa de Anual Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional, que previa intervalo de R$ 1,36 trilhão a R$ 1,42 trilhão. A dívida externa líquida do Tesouro somou R$ 132,2 bilhões em dezembro de 2008.
A divulgação oficial ainda não foi feita pelo Tesouro Nacional, mas os resultados do financiamento do governo junto ao público saíram com o resultado primário, a economia feita pela União, Previdência e Banco Central (governo central), divulgado ontem. O superávit acumulado pelo governo central foi de R$ 71,4 bilhões no ano passado.
Apenas no último mês do ano, a dívida pública mobiliária federal interna cresceu R$ 20,5 bilhões. As emissões somaram R$ 41,6 bilhões no mês, inclusive com R$ 14,2 bilhões para compor o Fundo Soberano do Brasil.
Os resgates de títulos públicos federais corresponderam a R$ 33,7 bilhões, de forma que houve uma emissão líquida de nada menos que R$ 7,9 bilhões.
Os juros apropriados na dívida foram de R$ 12,6 bilhões. O relatório do Tesouro não informa, entretanto, como ficou a composição por indicador. Os dados fechados sobre a dívida em 2008 e as metas do PAF 2009 devem ser divulgados hoje.