Depois de atingir a máxima desde 2005 e passar a barreira dos R$ 2,60 na véspera, o dólar segue em alta nesta sexta-feira. Por volta das 10h50, a moeda norte-americana avançava 1,09%, cotada a R$ 2,623 na venda.
É o quarto dia seguido de alta. Incertezas sobre o próximo ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e a condução da política econômica no segundo mandato de Dilma Rousseff influenciam na cotação da divisa. Ontem, a moeda norte-americana subiu 1,20%, a R$ 2,5948. Foi o nono fechamento em alta em dez dias.
Bovespa
O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre pauta a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que opera em queda nesta sexta.
Em comunicado ontem a noite, a estatal alegou necessidade de aprofundar a investigação sobre denúncias de corrupção e fazer possíveis ajustes no documento.
Às 10h50, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 1,26%, a 51.208 pontos. Na véspera, a Bolsa abriu no campo positivo, mas mudou de direção no início da tarde e fechou o dia em baixa. A queda é menor diária desde o dia 29 de outubro, quando a bolsa despencou 2,45%.O Ibovespa, principal índice de ações, caiu 2,14%, a 51.846 pontos.
Os papeis da Petrobras aceleraram as perdas no final do pregão, com investidores cautelosos em relação ao balanço do terceiro trimestre da companhia. Na semana, o índice acumula perda de 2,59%, com três quedas em quatro pregões. No mês de novembro, a bolsa cai 5,09%, e em 2014, sobe 0,66%.
A PricewaterhouseCoopers (PwC) não teria assinado o balanço, como é exigido por Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A PwC audita os da estatal desde 2012.
A companhia agora prevê apresentar os documentos em 12 de dezembro, mesmo sem o aval da PwC. Como o prazo previsto para a divulgação era hoje, a Petrobras ficará sujeita a multa de R$ 500 por dia pelo atraso. No comunicado à CVM, a Petrobras disse que “passa momento único em sua história” devido à Operação Lava a Jato, que investiga esquema de corrupção na empresa.