MÁRCIO FALCÃO colaboração para a Folha Online , em Brasília Um estudo elaborado por técnicos da Câmara sobre o impacto financeiro das possíveis mudanças no plano de saúde dos servidores da Casa vai ser entregue aos integrantes da Mesa Diretora. O levantamento, encomendado por diretores administrativos, aponta que o custo da incorporação dos 12 mil servidores comissionados –atualmente, o sistema beneficia os 3.500 concursados– deve gerar um custo adicional de R$ 30 milhões aos cofres do Legislativo. O documento pretende reverter à decisão do comando da Câmara que autorizou ao Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Legislativo) a negociar a troca do Pró-Saúde, atual plano, por outra operada. A nova previsão de gastos leva em consideração pesquisa de mercado realizada junto às operadoras e os preços cobrados pelos serviços oferecidos pelo Pró-Saúde. A Câmara investe hoje com a saúde dos funcionários concursados e terceirizados, além dos deputados federais, aproximadamente R$ 51 milhões –sendo R$ 43 milhões para o plano de saúde, R$ 3 milhões para o reembolso dos deputados com gastos de saúde e R$ 5 milhões com custos do Departamento Médico da Câmara. Pelo cálculo dos diretores, a contrapartida da Câmara para manter o novo plano seria de R$ 73 milhões. O primeiro-secretário, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), pediu uma auditoria na proposta apresentada pelo Sindilegis. A ideia é propor que a Mesa rediscuta a autorização repassada ao sindicato. \”Vamos fazer uma investigação clara para saber se os serviços e benefícios oferecidos aos servidores serão mantidos. Mas o que mais nos preocupa é saber se realmente esta inclusão de 12 mil servidores é viável e sem custo para a Câmara\”, disse Serraglio. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai pedir informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre os \”aspectos legais e a qualidade\” do plano de saúde concedido por lá aos funcionários. Chinaglia pode voltar atrás na polêmica decisão. A informação foi publicada hoje pelo \”Painel\” da Folha . Defesa O presidente do Sindilegis, Magno Mello, afirma que a extensão do plano de saúde aos comissionados não trará gastos adicionais ao Congresso. Mello disse que o sindicato começou a estudar a inclusão dos servidores não concursados no plano porque cerca de R$ 12 milhões dos R$ 43 milhões direcionados pela Câmara para a manutenção do Pró-Saúde são custeados pelos comissionados. \”Não estou vendendo terreno na Lua. A proposta é viável sim. Não é justo os comissionados pagarem um serviço que não são beneficiados\”, disse Mello. Mello disse que já assegurou à direção da Câmara que só terá que gastar os mesmos R$ 43 milhões porque haverá um sistema diferenciado entre concursados e terceirizados. Os concursados vão manter todos os benefícios e terão um auxílio-saúde de R$ 180, enquanto os terceirizados terão auxílio de R$ 80 e não terão direito de estender o plano aos dependentes. Acusado de negociar com a presidência da Câmara as alterações no plano de saúde para favorecer a Amil, que já estaria com um contrato de gaveta para ser assinado, Mello disse que as negociações estão em \”compasso de espera\” e que outras operadoras, como a Unimed e a Medial, também estariam dispostas a entrar na disputa pela conta do plano de saúde. Segundo o presidente do Sindilegis, depois que estiverem encaminhadas as melhores propostas, os servidores serão convocados para decidir, por meio de uma votação, qual será a nova operadora. \”Não é aventura, não estamos fazendo nada que prejudique a Casa. Não haverá desfalque\”, disse. Leia o que foi publicado sobre gastos da Câmara Pressionada, Câmara deve recuar na mudança de plano de saúde para servidores da Casa Reunida para cortes, Mesa da Câmara aumenta gastos Faltas de deputados em sessões diminuiu nos últimos dois anos, diz Chinaglia Câmara aprova adicional de até R$ 1.800 para servidores com título de mestre ou doutor Outras notícias de política Garibaldi diz que só desiste de candidatura no Senado se PMDB quiser Dilma aparece em público pela 1ª vez após cirurgia plástica TRE-MA encaminha denúncia sobre suposta venda de sentenças para o TSE Especial Veja o que existe em nossos arquivos sobre gastos na Câmara Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet Livraria Ex-diretor da Radiobrás revela bastidores do PODER em Brasília Cientista revela mudanças no perfil dos DEPUTADOS eleitos para a Câmara