A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira que o
crescimento e a estabilidade da economia mundial “dependem de uma
relação equilibrada entre as partes” e afirmou que nenhum país pode
assegurar sua “prosperidade” às custas de outros.
“No mundo interdependente de nossos dias, nenhum país pode
aspirar ao isolamento nem assegurar sua prosperidade a expensas de
outros” afirmou a presidente, segundo divulgou o Blog do Planalto.
“A estabilidade e o crescimento da economia mundial dependem de
um relacionamento equilibrado entre as partes”, afirmou Dilma, no
encerramento de seminário empresarial Brasil-China, em Pequim. A
presidente disse ainda que a visita à China inaugura um novo capítulo no
relacionamento bilateral.
Mais cedo, Dilma destacou uma nova etapa nas relações com a
China, citando um “salto de qualidade num modelo de cooperação que
tivemos até agora”. Ela defendeu parcerias não só comerciais, mas também
em pesquisa, tecnologia e desenvolvimento de produtos com tecnologia
binacional.
“É certo que o Brasil é um dos grandes países produtores de
alimentos no mundo. É certo também que não contamos só com os recursos
naturais”, disse durante abertura de evento sobre ciência e tecnologia.
Segundo o governo brasileiro, os acordos acertados durante a
viagem chegam a 1 bilhão de dólares, que incluem investimento de 300
milhões de dólares em Barreiras, na Bahia, destinado a uma fábrica de
processamento de soja, e outros 300 milhões de dólares em uma planta de
produção de equipamentos de informação, em Goiás.
A presidente viajou à China com uma comitiva de ministros e
empresários com o objetivo de reforçar os laços comerciais e equilíbrio
nas relações e parcerias entre os dois países.
A China é o maior mercado para as exportações brasileiras, apesar
dos empresários reclamarem da predominância na venda de produtos
básicos, como commodities — cerca de 80 por cento do total exportado em
2010.
Dilma estará na China até o dia 15. Na quinta-feira, participa de
reunião de cúpula do Brics, grupo que reúne também Rússia e Índia, além
do novo membro África do Sul.