Em 2009, a presidente Dilma Rousseff teria sido informada sobre irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima. Na época, Dilma era ministra da Casa Civil e solicitou à Controladoria Geral da União (CGU) uma investigação. O processo acabou arquivado sem punições. As informações são do jornal O Globo.
O processo foi arquivado em janeiro de 2014 depois da CGU apenas requerer informações da Petrobras sobre indícios de superfaturamento apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme O Globo, os primeiros apontamentos feitos pelo TCU foram ainda na fase de terraplanagem, quando teria ocorrido um superfaturamento de R$ 59 milhões.
Um dos argumentos para o arquivamento do processo foi a falta de pessoal na CGU, que, em nota, afirma que possui apenas três servidores para as demandas e que auditorias em obras como a da refinaria Abreu e Lima não recebem prioridade. Outra justificativa para o arquivamento foi “o avanço físico das obras em Pernambuco, com 80% da refinaria construída até o dia do arquivamento”, conforme O Globo.
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Em resposta ao jornal, a presidente Dilma disse que precisa ter acesso às denúncias de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, para adotar medidas administrativas. Segundo o Globo, o esquema de Costa passava por contratos de Abreu e Lima.
A suspeita de irregularidades graves informada à então ministra se referiam a um dos primeiros apontamentos feitos pelo TCU, ainda na fase de terraplanagem. O consórcio de empreiteiras responsável teria se beneficiado de um superfaturamento de R$ 59 milhões, segundo auditoria.