A sessão da Comissão da reforma da Previdência Social, na Câmara, que conta nesta quinta-feira (30) com a participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, registrou momentos de tensão com deputados da oposição e da base governista trocando ofensas.
Inicialmente, o relator da proposta de reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), declarou que a reforma é uma necessidade do país, que isso foi reconhecido pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas que eles não tiveram coragem de fazer por \”populismo.\”
Quando tomou a palavra, Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que o Arthur Maia atacou o PT publicamente sem ter \”autoridade política e moral\”, pois, segundo ele, o relator da reforma deve recursos para a Previdência Social. Chinaglia afirmou ainda que Maia era \”empresário caloteiro.\”
Em resposta a Chinaglia, Maia disse: \”caloteiro é você vagabundo\”. Na sequencia, Chinaglia afirmou: \”Vagabundo é você, e safado é você.\” O bate-boca continuou por mais alguns instantes.
A briga foi apartada pelo presidente da Comissão, Carlos Marun (PMDB/MS). \”Solicito que seja imediatamente recomposta a ordem. A sua palavra foi indevida e a resposta considero da mesma forma. Retiro das duas e considero como se isso não tivesse acontecido\”, disse ele.
Em seguida, Arthur Maia negou ser devedor do INSS. \”Não é justo que vossa excelência venha para cá me chamar de caloteiro, que eu não sou. Eu tenho uma empresa que tem uma dívida renegociada com o INSS e está adimplente. Peço desculpas se xinguei vossa excelência\”, afirmou.
Para terminar a confusão, o presidente da Comissão, Carlos Marun, decretou o fim do conflito: \”Essa situação está solucionada, que reine a paz entre os homens e mulheres de boa vontade\”, arrancando risos dos presentes.