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18 de abril de 2024A Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados das aposentadorias do país, anunciou nesta quarta-feira (8) que vai demitir 493 funcionários que trabalham em 20 unidades regionais da empresa que serão fechadas. Os 493 funcionários representam 15% dos 3.360 empregados que a Dataprev tem atualmente.
Os servidores têm até o dia 20 de janeiro para aderir ao Programa de Adequação de Quadro (PAQ). Quem não entrar será demitido, recebendo as verbas rescisórias previstas na legislação trabalhista, como multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ao aderir ao PAQ o trabalhador receberá como benefício:
25% sobre o saldo do FGTS;
indenização equivalente a 45 dias de salário
indenização de 12 meses do Prevdata – plano de previdência privada da estatal;
12 meses de assistência saúde.
O valor do benefício com a adesão ao programa, no entanto, estará limitado a R$ 300 mil.
A previsão é que o plano gere uma economia anual de R$ 93 milhões. Com isso, a empresa espera que em 7 meses e meio consiga pagar o gasto com o programa de reestruturação.
Em agosto, o governo incluiu a Dataprev na lista de estatais que pretende privatizar. Apesar disso, a assessoria da estatal informou que o programa anunciado nesta quarta-feira não tem relação com a privatização, que está sendo coordenada pelo Ministério da Economia.
Em comunicado, a Dataprev informou que encerrará as atividades das filiadas do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins até o final de fevereiro.
Com isso, as atividades da empresa ficarão centradas em sete regiões consideradas estratégicas: Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.
Segundo a empresa, essas sete unidades são as que possuem centros para processamento de dados e as outras acabam funcionando como núcleos administrativos.
No comunicado, a estatal informou ainda que nos últimos três anos as receitas da estatal cresceram 13% e os gastos avançaram 21%.