JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
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18 de abril de 2024A sofisticação da Nespresso também se faz com deselegâncias.
O braço de cafés em cápsulas da Nestlé foi condenado pelo Tribunal do Comércio de Paris a pagar R$ 1,5 milhão sob acusação de denegrir a imagem de uma concorrente bem menor.
Ex-diretor da Nespresso, Gaillard é apontado como o homem que ajudou transformar o produto em referência do mercado mundial de cafés em cápsulas. Em 2008, o executivo criou a Ethical e suas cápsulas biodegradáveis passaram a desafiar a gigante suíça.
A Nestlé chegou a processar a Ethical sob acusação de que as empresa havia copiado seus produtos, numa briga relativa a patentes. Em resposta, foi processada por alterar suas máquinas de forma a impedir a utilização de cápsulas de concorrentes
No início deste mês, o Tribunal do Comércio de Paris condenou a Nestlé a pagar € 500 mil – R$ 1,5 milhão – à ECC, além de arcar com € 40 mil – R$ 120 mil – de custos com advogados.
“O importante não é o valor, mas que a Justiça tenha determinado que um concorrente não pode denegrir a imagem do outro”, afirma Gillard. “A Justiça mostra que permitiu [a atividade] de empresas menores que possuem produtos melhores atuarem em mercados dominados pelas grandes sociedades.”
Em abril, a Nestlé já havia firmado um acordo com a autoridade da concorrência francesa após ser acusada de abusar de sua posição de mercado para prejudicar outros produtores.
A gigante suiça informou que avalia se recorrerá da condenação do Tribunal do Comércio de Paris.
“Não acreditamos que a decisão leve em conta o comportamento da ECC nos últimos anos”, informa a Nestlé. “Defendemos uma concorrência livre e leal e gerimos nossas atividades em conformidade com todas as leis e regulamentações em vigor.”
A empresa afirma ainda que adotou medidas para rever as formas de comunicações com seus clientes sobre “as cápsulas ditas compatíveis com as máquinas Nespresso”, após o acordo com a Autoridade da Concorrência.