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18 de abril de 2024Em meio à antecipação do calendário eleitoral de 2014, com aliados declarando abertamente a possibilidade de buscar novos rumos, Tarso Genro aproveitou a primeira reunião da coordenação do governo em 2013, na segunda-feira, para fazer apelo em nome da “unidade” a representantes do PT, PSB, PDT, PTB e PC do B.
Sobressaltado com o nível de tensão nas relações entre aliados, Tarso disse que os temas eleitorais não podem interferir na busca por resultados para o Estado.
Não por acaso, a manifestação do governador eclodiu no momento em que o principal líder local do PSB, o deputado federal Beto Albuquerque, assegura que a sigla não apoiará a reeleição de Tarso caso Eduardo Campos (PSB-PE) seja candidato à Presidência. As declarações de Beto, ex-secretário de Infraestrutura, geraram reações no Piratini. Entre petistas, já ecoa o discurso de que Beto deixou uma “herança negativa”. Um dos resultados do desalinhamento entre Beto e o núcleo de governo — todos do PT — é o atraso das definições sobre a ERS-010.
Também no PDT há turbulências. No próximo mês, a legenda dará início a uma série de reuniões pelo Estado para debater seu rumo em 2014: candidatura própria, apoio à reeleição de Tarso ou a outro postulante, possivelmente do PMDB. O presidente estadual pedetista, Romildo Bolzan Jr., declara publicamente o desejo de se afastar do PT pelo voo solo. Outros se dividem entre a aliança com PT ou PMDB.
Tarso quer evitar que as disputas políticas contaminem o governo a ponto de paralisá-lo. O Piratini acredita que 2013 poderá ser o “ano das realizações” e teme que isso seja abafado pelo clima de desagregação da base.
— O governador entende que as articulações são legítimas, mas não podem interferir na unidade — disse Valdeci Oliveira (PT), líder do governo.
O parlamentar nega que Tarso tenha feito referências diretas a partidos, embora outros interlocutores digam que o PSB foi o principal destinatário. Quem estava na reunião garante que o recado foi claro: se os partidos estão no governo, é para mostrar resultados.
— Esse é um ano para colher. Se deixarmos a questão política se sobrepor, vira esculhambação — definiu um secretário que participou da reunião.