O jornal argentino Clarín publicou nesta segunda-feira (15/12) uma matéria com declarações do ministro da economia Axel Kicillof, reagindo a críticas. “O problema não é a Argentina, o problema são os abutres que não negociaram e querem cobrar 100%”, disse ele sobre o conflito com os chamados fundos abutres (que não aderiram às reestruturações da dívida). Kicillof mencionou razões políticas para explicar a falta de acordo e criticou uma matéria da revista The Economist.
Durante uma entrevista com o jornalista Víctor Hugo Morales na Radio Continental, Kicillof falou sobre o conflito com os fundos “holdouts” pela dívida em default.
O ministro da Economia recordou que o governo argentino segue aberto ao diálogo com os fundos abutre se as condições de negociação não mudarem: “Devem ser justas, razoáveis, não de extorsão”.
“A Argentina não está desesperada para conseguir dólares. Não está acontecendo o que ocorria em outras épocas”, disse também o ministro. Ele citou razões políticas para explicar a falta de acordo com os abutres: “Eles fazem parte de grupos que querem prejudicar a Argentina”.
O ministro se referiu especificamente às projeções pessimistas para 2015, feitas pela revista The Economist sobre a Argentina: “Nós, argentinos, estamos cansados de tanto baixo astral e tanto mau agouro. Ver essas capas de jornais enlouquece. São títulos repugnantes. Já estamos acostumados às profecias de catástrofes que não ocorrem”.