Tim Cook, presidente executivo da Apple, afirmou nesta quarta-feira que o gigante tecnológico americano apoiava a ideia de uma legislação sobre a proteção de dados pessoais nos Estados Unidos.
\”Nós, na Apple, apoiamos totalmente a adoção de uma lei federal completa sobre a proteção da vida privada nos Estados Unidos\”, declarou Cook em coletiva de imprensa.
Para o americano, esta legislação deve proteger o direito de coletar um mínimo de dados e saber quais são e sua finalidade. \”É a única maneira de dar aos usuários o poder de decidir qual coleta é legítima\”, explicou.
As empresas afetadas também devem, em sua opinião, \”reconhecer que os dados pertencem aos usuários\”, que manteriam o direito de corrigi-los ou suprimi-los. Cook também defende o \”direito à segurança\” da informação.
O CEO da Apple, que participou de uma conferência internacional dos responsáveis pela proteção da privacidade, elogiou em Bruxelas o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGDP), que entrou em vigor na UE em 25 de maio.
Ao contrário de empresas como Facebook ou Google, o modelo econômico da Apple não reside na coleta e exploração comercial de dados pessoais de seus usuários, mas na venda de aparelhos eletrônicos e, cada vez mais, de serviços.
\”Estamos otimistas sobre o potencial benéfico da tecnologia\”, disse Tim Cook, que lamentou, no entanto, a \”vigilância\” das empresas e a coleta de dados que \”enriquecem\”.