Bovespa opera em alta, puxada pela Petrobras

A Bolsa de Valores de São Paulo opera em forte alta nesta quinta-feira (27), impulsionada por empresas ligadas a commodities como Petrobras e Vale e também pelos bancos nesta quinta-feira (27), avançando também amparada nos mercados norte-americanos depois que o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos veio melhor que o esperado para o segundo trimestre.

A Bovespa acompanha ainda o otimismo nas bolsas do exterior. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão desta quinta em alta expressiva de 5,34%, depois das fortes perdas do início da semana, em um mercado otimista depois da bom resultado da véspera em Wall Street. As bolsas da Europa também operam em alta.

Às 14h12, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subia 4,09%, a 47.918 pontos. Veja cotação.

A Petrobras tinha ganhos de mais de 11% nas ordinárias e de quase 9% nas preferenciais, favorecida pelo dia de alta dos preços do petróleo. As ações ordinárias dão direito a voto, enquanto as preferenciais dão prioridade na distribuição de dividendos.

A Vale avançava cerca de 10%. Pela manhã, a mineradora informou que fechou acordo para vender uma mina de carvão desativada na Austrália para a Glencore e o Bloomfield Group por um valor não divulgado, dando continuidade à venda de ativos não essenciais.

Itaú Unibanco e Bradesco, que têm grande peso na bolsa (juntos compõem quase 20% do índice Bovespa), mantinham o movimento positivo de quarta-feira com ganhos de cerca de 5%, após comissão no Congresso Nacional aprovar aumento menor de CSLL para instituições financeiras.

A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que se esperava no segundo trimestre deste ano, ao ritmo anual de 3,7%, muito acima da taxa de 2,3% estimada no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, em sua segunda estimativa do PIB..

O índice acionário norte-americano S&P 500 avançava 1,5%, colaborando pelo segundo dia para levantar a bolsa brasileira. Na véspera, a Bovespa também foi favorecida por apostas de que o Federal Reserve não deve elevar os juros no próximo mês, que levantaram em 3,9% o S&P 500.

“Estamos vendo um cenário um pouco melhor vindo de China, com rumores de que o governo voltou novamente a atuar (em prol do mercado). É um repique puxado por empresas de commodities, setor que mais afundou durante a onda de vendas que vimos no começo da semana”, disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

Os preços do petróleo tinham alta expressiva neste pregão, com o Brent avançando 5,4% e o petróleo nos EUA subindo 5,6%.

No cenário doméstico, a cena política continuava ocupando o centro das atenções, após o Senado aprovar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para mais um mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal (MPF).

Na quarta-feira, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subiu 3,35%, a 46.038 pontos.

Foi a maior alta diária desde dezembro de 2014, quando, no dia 17, a bolsa fechou em alta de 3,63%.

A reação da bolsa brasileira na véspera foi amparada pela disparada das bolsas em Nova York e ganhos fortes de bancos brasileiros, após comissão no Congresso Nacional concluir aprovar aumento menor de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre instituições financeira.

Na semana, a Bovespa acumula alta de 0,7%. No mês e no ano, há desvalorização de 9,49% e 7,94%, respectivamente.