Bolsas asiáticas fecham em queda, pressionadas por terremoto e cena externa

Os principais índices acionários da Ásia fecharam em forte queda nessa sexta-feira (11), após um terremoto no Japão de magnitude 8,9 graus na escala Richter – o mais forte nos últimos 140 anos. Além disso, o cenário externo continuou a pressionar os mercados acionários da região.

                   Var Diária     Pontos      %Var 30D      %Var Ano 
 Nikkei            -1,72         10.254        -3,42             +0,25
 Hang Seng     -1,76         23.199        +0,15            +0,71
 Shanghai        -0,79         2.934         +5,76            +4,48
 Composite

Na madrugada desta sexta-feira, o tremor de terra atingiu o nordeste do país, sendo seguido por um tsunami. Em uma coletiva de imprensa, o Secretário-chefe do Gabinete Yukio Edano disse que ainda não se sabe qual é o dano causado, mas se espera que todos os ministros trabalhem com a suposição de que este é o maior terremoto da história.

Já o ministro de Finanças Yoshihiko Noda indicou que acompanhará os mercados de perto e tomará todas as medidas possíveis. Já o BoJ (Bank of Japan) divulgou que fará o possível para fornecer liquidez ao mercado.

Cenário externo
Além disso, a situação externa também pressiona os mercados, uma vez que os principais índices de ações dos EUA terminaram as negociações da véspera em forte queda, após dados econômicos piores que o esperado, com destaque para os pedidos de auxílio desemprego, e o surgimento de protestos na Arábia Saudita – um importante produtor de petróleo, commodity cujos preços já foram impulsionados devido aos conflitos na Líbia.

Deste modo, ações de diversos setores da economia registraram desvalorização nesta sessão, com destaque para as produtoras de commodities, como a Sumitomo Metal Mining, em recuo de 2,66%.

Inflação
Ademais, na China, foi anunciado que a inflação avançou mais que o esperado, aos 4,9% em fevereiro de 2011 sobre o mesmo mês de 2010 – o mesmo ritmo observado em janeiro. Os preços ao produtor também surpreenderam e marcaram um avanço de 7,2% no mês. Os papéis do setor imobiliário, no qual especula-se sobre a formação de uma bolha, fecharam em queda. As ações da Poly Real Estate se desvalorizaram em 1,68% e as da Gemdale Corporation, em 2,24%.

Por lá também foram divulgados outros indicadores econômicos, como a produção industrial de valor adicionado, em alta de 14,1% no acumulado dos dois primeiros meses do ano sobre os mesmos de 2010, enquanto a venda no varejo representou uma elevação de 15,8% no mesmo período – 3,3 pontos percentuais menor que em dezembro. Por fim, os investimentos em ativos fixos saltaram 24,9%.