O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituição de crédito para países da América Latina e Caribe, com sede em Washington, ampliará os créditos à região em 50% neste ano, para US$ 12 bilhões. O BID compensa, desta forma, a retração dos bancos privados, causada pela crise internacional.
Do total, entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões serão destinados a projetos de infra-estrutura, sendo US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões para o Brasil, segundo afirmou o diretor de infra-estrutura do BID, Roberto Vellutini, em entrevista à Bloomberg Television.
\”Atenderemos à demanda por crédito na infra-estrutura, que está aumentando com a crise\”, disse Vellutini. A estes créditos somam-se os que serão oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O governo brasileiro anunciou quinta-feira que injetará R$ 100 bilhões no BNDES como parte de um pacote de estímulo para as empresas do país. A prioridade serão os setores de energia, gás e eletricidade, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O BID negocia com várias empresas com projetos de infra-estrutura no Brasil, incluindo concessionárias de estradas e geradoras de eletricidade, disse Vellutini.